terça-feira, 1 de abril de 2008

Comentário da entrevista de Rubem Alves para a Itajubá em foco


Na entrevista retirada do You Tube, Rubem Alves fala um pouco do que é ser um professor, seu papel na formação das crianças e sobre as limitações que a escola causa na criatividade dos alunos.
O primeiro questionamento feito a Rubem Alves foi sobre o que é ser professor. Segundo ele, ser professor é ser um sedutor. Concordo com ele a esse respeito, precisamos seduzir as crianças para desenvolver nelas o desejo de aprender, precisamos fazer desse ato um momento agradável, prazeroso. Quando isso não acontece, como o próprio Rubem Alves fala, os alunos apenas memorizam temporariamente e logo depois esquecem do que lhes foi transmitido.
O segundo questionamento foi que a maioria dos professores não acreditava no seu próprio trabalho e qual seria o efeito disso. Rubem fala que vários professores não pensam no efeito que suas palavras podem causar na vida das crianças. Muitos não olham pensando no que irão ser no futuro. Ouvindo a fala de Rubem Alves senti um alivio por ter convicção de que não faço parte dessa maioria de professores que não percebem a importância do seu papel diante da formação pessoal dos alunos.
Um fragmento da fala dele, meio utópica me chamou atenção “A grande obrigação do professor não é com o coordenador, nem com o programa, o verdadeiro professor só leva a sério as coisas que tem haver com o aluno, inclusive a si mesmo”. Escrevi que acho utópica porque a fala de Rubem Alves é muito determinista quando fala “o verdadeiro professor só leva a sério as coisas que tem haver com o aluno”, apesar de termos a nossa maior obrigação com esses alunos, participamos de um sistema que nos requer também obrigações com a coordenação, etc. Se recusarmos ter essas obrigações seremos impedidas de educar, e onde ficará nossa obrigação com os alunos?
Rubem Alves critica a escola comparando-a a uma linha de montagem, “as crianças estudando as mesmas coisas, toca a campainha”.
Ele critica também a história do Pinoquio, diz que esta, apresenta uma mensagem subliminar, as crianças nascem bonecos de madeira e tem que ser obediente e ir para escola para se tornar de carne e osso, o Pinoquio queria ser artista de teatro e nasceu um par e orelhas e um rabo de burro. Rubem escreve uma história ao contrario na qual um menininho de carne e osso se transforma em boneco de madeira depois de passar pela escola.
Infelizmente a história de Rubem Alves tem um fundo de verdade, pois a escola adestra a criança, fazendo com que a mesma perca, como ele mesmo diz “sua liberdade e criatividade”, a escola muitas vezes limita o comportamento e o pensamento da criança.
Devemos ter cuidado para não cair na generalização e não observarmos a escola só pelo lado negativo. Se não acreditamos na instituição não faz sentido a profissão que escolhemos. Precisamos acreditar que podemos fazer a diferença, no sistema e na vida de nossos alunos.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Filme: O Sorriso de Monalisa



Editorial
O ano é 1953, e as meninas do colégio Wellesley, um dos mais tradicionais dos Estados Unidos, se preparam para mais um ano letivo. As alunas terão uma nova professora de História da Arte: Katherine Watson (Julia Roberts) conseguiu a vaga depois de lutar muito, a ponto de atravessar o país, deixar a ensolarada Califórnia e o namorado para viver na fria costa leste. Mas, para sua surpresa, as meninas estão tremendamente preparadas e sabem praticamente todo o programa de cor. Assim, Katherine tenta uma nova abordagem: esquece os livros e introduz as meninas à arte moderna, seja em slides ou ao vivo, como no dia em que a professora lhes dá a chance de chegar perto de um autêntico Jackson Pollock.Mas não é apenas no currículo da disciplina que Katherine tenta inovar. Ela sabe que muitas (se não todas) das meninas do Wellesley sonham apenas em ter uma vida ao lado de um marido e cuidar dos filhos - e só. Nada de carreira, ou estudos. Por isso, Katherine faz o possível para colocar na cabeça das alunas que elas não precisam ficar em casa pelo resto da vida: podem fazer faculdade, trabalhar, e ao mesmo tempo ter uma família. Essa nova visão de mundo cativa algumas alunas, como Joan (Julia Stiles), mas enfurece outras, como Betty (Kirsten Dunst), autora de enfurecidos artigos no jornal da escola e a primeira da turma a se casar.

Releitura de Guignard


Essa sou eu !!!

Releitura da tela Serra de Itatiaia




Minha tela

quarta-feira, 26 de março de 2008

Releitura das obras de pintores famosos


Serra de Itatiaia 1940 (Alberto da Veiga Guignard)




Estudo sobre Alberto da Veiga Guignard


Guignard nasceu em fevereiro de 1896, sendo o primeiro filho do casal Alberto José Guignard e de Leonor Augusta da Silva Veiga Guignard, moradores da cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
Nasceu com um defeito facial conhecido por “lábio leporino” que consiste numa abertura total entre a boca e o nariz. O defeito, que hoje se resolveria sem grandes problemas, não teve solução naquela época, mesmo depois de sucessivas cirurgias de correção.
O menino Alberto tinha Guignard verdadeira fascinação pela figura de seu pai. Em Petrópolis, concluiu seus estudos primários e sua vida parecia prosseguir de maneira agradável até que em 1906 um acontecimento dramático veio abalar sua existência de criança: seu pai morre antes de completar 40 anos de idade.
A família, com o seguro de vida deixado pelo pai, deixa a vida até então feliz de Petrópolis e se muda para a cidade do Rio de Janeiro. Morando na Tijuca, continua seus estudos e vê sua mãe se casar com o barão Schilgen, um nobre alemão arruinado que será um péssimo padrasto, tratando-o com grosseria e sem a menor demonstração de afeto. Preguiçoso e freqüentador assíduo de corridas de cavalo, assim era o “barão de tal e tal”, apelido pelo qual Guignard chamava seu padrasto.
No mesmo ano de 1907, toda a família de Guignard se muda para a Europa. Alberto só retornaria ao Brasil adulto, em breve passagem aos 28 anos (no ano de 1924) e definitivamente aos 33 anos de idade (em 1929). Morando Na França, aquele que haveria de se tornar um dos maiores desenhistas brasileiros de todos os tempos recebeu o conceito “Medíocre” na matéria “Desenho de Imitação”.
Vendo os desenhos de seu filho, a mãe de Guignard deicde colocá-lo em uma escola de pintura. Ainda no ano de 1915 Guignard inicia seus estudos na Real Academia de Munique, onde nunca esqueceu o primeiro dia de aula com o professor Hermann Groeber. Se lembra: “Quando o professor Groeber me colocou na frente do cavalete, comecei a desenhar, mas a linha saía fora do papel. Um colega então me deu, pela primeira vez, o caminho da proporção. Às vezes eu me lembro daquele primeiro dia em que fiz o primeiro desenho na aula do velho Groeber. Resolvido o problema do desenho e seu espaço, qualquer coisa se abriu como uma porta e logo depois o desenho nasceu como uma flor estranha”. (FROTA: 1997, p. 17).
Ao voltar para o Brasil, Em 1929 Guignard retorna ao Brasil, indo viver na cidade do Rio de Janeiro. Ele está com 33 anos e pinta o quadro “Retrato de Glorinha Strobel”, com o qual ganha a medalha de bronze do Salão Nacional de Belas Artes daquele ano.
Sem um programa artístico preestabelecido, Guignard é levado pela sua grande curiosidade em relação ao cotidiano brasileiro a pintar momentos da vida das camadas pobres da população. Ele desenhou favelas, cenas familiares na praça, festas em família, noites de São João, etc. Famosos também ficaram os retratos que o artista fez de homens e mulheres da classe média e da elite, além das cenas retratando paisagens brasileiras.
De 1932 até aproximadamente 1938, Guignard esteve perdidamente apaixonado por uma jovem pianista de São Paulo, que ele conhecera no Rio de Janeiro e com quem desejava se casar, seu nome era Amalita Fontenelle. Durante esses anos o artista teria feito o extraordinário “Álbum de Amalita”, uma coletânea onde ele colou desenhos, cartões de Natal, Páscoa, Reveillon e Carnaval, além de corações bordados ou pintados, cartinhas de amor, pequenas gravuras, tudo dedicado a sua amada. Hoje, o “Álbum de Amalita” encontra-se no acervo do Museu Casa Guignard em perfeitas condições de conservação e documentação. O álbum contém mais de uma centena de cartões dedicados a Amalita.A partir de 1909, acompanhado pela mãe, Guignard viaja pela França, Suíça, Bélgica, Itália, Alemanha e Áustria.
O ano de 1944 talvez seja o ano de maiores e mais significativas mudanças para o pintor: a convite do prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek de Oliveira Guignard transfere-se para a capital de Minas, contratado para dirigir o curso livre de pintura e de desenho. O curso localizava-se inicialmente em uma sala do edifício da Escola de Arquitetura e contava com 80 alunos inscritos. Mais tarde a escola foi transferida para o Parque Municipal e passou a ser conhecida como “Escola do Parque”. Guignard permaneceu ligado à escola até a sua morte, em sua homenagem a escola passou a se chamar “Escola Guignard”.
Nesse mesmo ano de 1944, o artista inicia temporadas de trabalho em cidades históricas mineiras. A cartela de cores utilizada pelo pintor vai se modificando, vai esfriando. Sua pincelada se torna mais fluida, menos rígida. Guignard deixa de pintar cores propriamente ditas, ele prefere usar tons, e tons bem sutis. As paisagens passam a representar uma densa matéria vaporosa, a solução das cores com toques de roxo e verde-sujo produz um colorido totalmente inovador.
Em 1949 Guignard reencontra em Ouro Preto a poetisa Cecília Meireles, sua amiga desde os tempos em que vivera no Rio de Janeiro após retornar da Europa. A poetisa, naquela ocasião, dedica-lhe o poema “O que é que Ouro Preto tem?”. Em 21 de abril daquele ano o artista é condecorado pelo governo do Estado de Minas com a medalha de honra da Inconfidência Mineira em solenidade na cidade de Ouro Preto. A pedido de Juscelino Kubitschek o artista realiza sua única obra histórica “A execução de Tiradentes”. Em 25 de junho de 1962 Guignard falece em Belo Horizonte e tem seu corpo sepultado no dia seguinte no cemitério da igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, atendendo a seu desejo.
http://recordacaodavisita.blogspot.com/2007/09/artistas-da-lembrana.html

Atividades artisticas

Parodia: Não atire o pau em Rossana
(ritmo: atirei o pau no gato)
Não atire o pau em Rossana,
Porque isso não se faz.
Ela tinha boa intenção,
Não queria nos deixar de mau humor não.